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A diferença entre LIMS e ELN
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A diferença entre LIMS e ELN

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Já li até sobre sistemas LES, Laboratory Execution Systems, ou inicialmente como seriam chamados MES, Method Execution Systems, que seriam sistemas de apoio a execução das atividades de análise propriamente ditas, isto é, sistemas que conduziriam o analista durante o processo de análise e que teriam uma conexão muito estreita com cada passo do processo analítico. Só para esclarecer: A sigla MES se disseminou em virtude dos sistemas MES industriais, Manufacturing Execution Systems, que surgiram para eliminar a lacuna entre os sistemas ERP e os sistemas de chão de fábrica, gerenciando todas as etapas do processo produtivo.

Recentemente li o artigo intitulado “LIMS and ELN: 1 + 1 = 3 – Increasing value through high-level real-time interaction”, (LIMS e ELN: 1 + 1 = 3  – Incrementando o valor por meio da interação de alto nível em tempo real), publicado em uma das mais respeitadas revistas do gênero, Scientific Computing, que esclarece as principais funcionalidades e indica que a melhor solução é a utilização dos dois sistemas de forma integrada.

Segue a tradução livre da parte do artigo que explica os papéis e diferenças entre LIMS e ELN:

Papel do LIMS

Por si só, um LIMS é uma solução eficaz para o registro e gerenciamento de informações das amostras e dados das análises. LIMS é envolvido no início do processo analítico quando as amostras são registradas e as análises são programadas. Em seguida, ele volta para o jogo, quando as análises terminam, para a coleta, armazenamento e comunicação de resultados.

LIMS não está diretamente relacionado com a execução da análise, em particular no caso das análises de rotina que são executados com base em documentos em papel e procedimentos. Visto que LIMS não está envolvido na análise real das amostras, não está em posição de gerir ou controlar as análises do dia-a-dia em tempo real. Um LIMS pode:

  • Verificar os resultados fora de especificação obtidos em relação às especificações, mas somente após a conclusão das análises e resultados terem sido relatados;
  • Acompanhar a calibração dos instrumentos, mas não impede  o técnico do uso de um instrumento não-calibrado no momento da análise;
  • Ser utilizado para gerenciar estoques (padrões, soluções e reagentes), mas não permite a ligação em tempo real do estoque em relação à análise que está sendo realizada;

Como podemos ver, LIMS pode conter informação valiosa que está diretamente relacionada a uma análise. No entanto, por si só, não está em condições de fornecer essas informações para o analista, no nível de bancada e no momento que as análises estão sendo realizadas.

Papel do ELN

Em contraste, um ELN opera no nível de bancada, bem no ponto da análise, onde tem um entendimento completo da análise e do procedimento. O foco está na análise, mais do que na amostra. Isso permite que o ELN para fornecer em tempo real o controle e automação sobre os procedimentos de análises.

  • Os controles podem ser incorporados ao ELN para garantir a execução do processo, certificando-se que o analista segue cada passo do procedimento operacional padrão exatamente como determinado;
  • Os dados de instrumentos de laboratório podem ser coletados diretamente ao ELN, garantindo que o resultado gerado pelo instrumento é o resultado que fica gravado;
  • Os cálculos automatizados podem ser incorporados à planilha, garantindo consistência e precisão.

No entanto, com o foco sobre o procedimento de análise, um ELN não tem conhecimento inerente das amostras ou das condições em torno das análises. Esta informação tem de vir de outro lugar. Na maioria dos laboratórios, a informação da amostra (identificação da amostra, as especificações de análise, data de vencimento, atribuída por, nome do cliente) e outras informações que são importantes para o processo de análise, tais como inventário de substâncias químicas ou informações de calibração, serão armazenados em um LIMS.

Trabalhando juntos

Vimos que LIMS fornece gestão global da informação da amostra e da amostra ao longo do seu ciclo de vida no laboratório, mas ele não tem qualquer ligação ou controle sobre o que está acontecendo durante a execução das análises. Por outro lado, o ELN concentra toda a sua atenção sobre o ponto de análise, o que está acontecendo em tempo real como a amostra que está sendo analisada, mas um ELN não sabe nada sobre a própria amostra ou outros fatores e condições do laboratório que podem afetar a análise.

Para minha surpresa e de toda a equipe da Labsoft, tudo isso o myLIMS já faz e há muito tempo, proporcionando aos nossos clientes gestão e automação dos processos laboratoriais no nível da amostra e das análises.

Desta forma, só tenho a dizer que em mais um momento, não só percebemos que estamos buscando fornecer o que há de melhor em automação e informática laboratorial, bem como estamos inovando e oferecendo benefícios tangíveis ao mercado e em muitos casos, antes dos maiores fabricantes mundiais.

Na dúvida entre LIMS e ELN, fique com os dois, fique com o myLIMS.

Dados do Autor
Georgio Raphaelli
Ex-Diretor Executivo – Labsoft Tecnologia

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