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Como implementamos o Scrum na área de desenvolvimento
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Como implementamos o Scrum na área de desenvolvimento

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Quando iniciei a gestão de sistemas na Labsoft, um dos maiores desafios que encontrei foi entender as expectativas da empresa com relação ao produto (clientes internos e externos) e conciliá-las com a capacidade de recursos disponíveis para produzi-las. Havia muita dúvida sobre o que priorizamos e o que estava sendo entregue.

Após algumas tentativas frustradas no passado, reunimos nosso time de sistemas e nos debruçamos nos livros que abordavam o assunto para entender onde estávamos falhando. Com diversas rodadas lendo o material que sintetizei, criamos a mentalidade ágil em nossa equipe e partimos para revisão dos nossos processos para readequação da ferramenta.

A seguir, descreverei como amadurecemos com o processo ágil do Scrum em nossa empresa.

O comitê de priorização (Backlog do Produto)

O primeiro passo foi entender com a Diretoria o Roadmap do Produto para a empresa e quais seriam as regras de priorização baseadas nessa estratégia.

Roadmap do Produto: lista de itens e soluções que a empresa defini implementar no Software para atender sua estratégia de negócio.

Em seguida, colocamos em ordem nosso extenso backlog do produto, descartando itens que estivessem fora do Roadmap da Labsoft e dando prioridade para os itens que faziam sentido.

Backlog do Produto: descrição detalhada dos itens extraídos do roadmap do produto para priorização.

Criamos um comitê, representado pelos Diretores e Coordenadores das equipes visando termos uma pauta de priorização e que o PO (Product Owner) pudesse levar ao time Scrum somente os itens de valor para o negócio. As reuniões de 2hs se tornaram fundamentais para definirmos o que queríamos para o próximo ciclo de 14 dias.

PO (Product Owner): responsável pelo produto e por transformar ideias e necessidades em valor para clientes internos e externos.

Time Scrum: equipe multidisciplinar, responsável por implementar a lista do backlog transformando em solução para clientes.

Esse passo trouxe muita previsibilidade sobre os itens que entrariam na esteira de desenvolvimento e segurança para as áreas de negócio e para os clientes que aguardavam uma solução.

A cerimônia de Planejamento (Planning)

Com o backlog do produto em mãos, e empoderado com os itens de valor para a empresa, o PO seria muito mais assertivo ao direcionar o backlog da Sprint para o time Scrum executar.

Backlog da Sprint: lista de itens que o Time Scrum se compromete a entregar.

A cerimônia, de cerca de 4h, se tornou onde o time Scrum comprometia-se com os itens, entendia o valor para a empresa e trabalha com o foco de transformar as ideias e necessidades em soluções no produto.

Nessa etapa, passamos a ter uma lista e uma data exata, bem como um tempo previsto, para as entregas nos próximos 14 dias. Também serviria como um ponto-chave para negociações em casos de interrupção ou mudanças de estratégias, caminhos e prioridades (o que com o tempo reduziu bastante).

Reuniões diárias (Daily)

Com encontros diários de no máximo 15minutos, o time Scrum passou a discutir seus problemas e impedimentos com o Scrum Master, bem como acionar o PO para esclarecimento de dúvidas, direcionamentos ou até esclarecimentos com os usuários chaves do item.

Scrum Master: responsável por dar o ritmo para o time Scrum e remover todos os impedimentos, visando entregar a solução completa aos clientes.

Não era mais necessário aguardar semanas para entender o problema ou acionar diversas pessoas para a execução, pois encontramos no papel do PO o articulador chave com clientes internos e externos.

A cerimônia de Revisão

Nessa cerimônia o Time Scrum criou um espaço onde podem apresentar todos os itens entregues para realizar ajustes possíveis, bem como realizar a entrega dos itens de valor para a empresa.

São nessas reuniões que conseguimos aproximar e estreitar o relacionamento do time Scrum com os usuários chaves, sempre mediados pelo PO.

A finalização do ciclo (Retrospectiva)

Como qualquer projeto, ao final do ciclo realizamos uma retrospectiva, lembrando os itens que foram positivos, negativos e como podemos melhorar para o próximo ciclo.

Como uma espécie de lições aprendidas, o time Scrum possui uma pauta onde todos tem o direito de falar e todo o time tem o compromisso de sair com ações que possam aprimorar a próxima Sprint.

De todas as etapas, essa foi a mais produtiva e trouxe diversos benefícios e crescimento para o time.

Certamente temos diversos desafios pela frente na Labsoft, mas o Scrum foi um passo muito importante para nosso crescimento e amadurecimento do time. Posso dizer com toda certeza que não sei mais como trabalhar de outra forma e temos como objetivo levar essa metodologia ágil para outras equipes da empresa no futuro.

Espero que tenha gostado do nosso material e caso queira conhecer um pouco mais sobre Scrum entre em contato conosco para trocarmos mais experiências.

Dados do Autor
Alex Andrade
Diretor Operacional – Labsoft Tecnologia

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